Era menina de vestido listrado
O cabelo preto e os pés descalços
E você um vulto ligeiro de alguém que tinha acontecido e ficado no
passado
E eu cresci, chorei, aprendi poesia.
Comprei livros...
E você casou e teve filhos...
O mundo estupidamente girou com você longe
Nem percebi quando voltou e chegou para ficar
Não para ficar junto como bela lembrança
Mas para ficar como feia cicatriz
Daquelas que ardem no olhar
Os amores perdidos no inverno doem o dobro
Não ousem discordar
Quando se preparou para partir
Meu coração quis pedir para ficar
Por sorte meu orgulho o fez calar com tapas
Meu sentimento me jogaria
Mas minha vaidade me deteve...
E não chorei
Nem depois do adeus
Quando estava só
Encarei meus olhos no espelho e lá vi
Uma mulher debochando de uma menina
Na manha seguinte
Amanheceu chovendo em Curitiba
Eram as lagrimas que não pude derramar
Amanheceu trovejando em Curitiba
Esses eram os gritos de "fique eu te amo" que não pude dar.
Poesia que emociona,muito linda!Chuva d lágrimas em Curitiba...bjs,
ResponderExcluirLinda poesia, lindo blog.
ResponderExcluirMaravilhoso poema repleto de nostalgia. Adorei. Beijos com carinho
ResponderExcluirBoa tarde, Lua. Gostaria de saber o seu nome.
ResponderExcluirUm poema maravilhoso, muito bem feito, e não ouso mesmo discordar que "Os amores perdidos no inverno doem o dobro."
É verdade, suas lágrimas foram lindas em forma de chuva, mas será que não teria sido melhor vencer o orgulho?
Seja como for, belíssimo, sem dúvida!
Tenha um fim de semana maravilhoso e tudo de bom!
Beijos na alma!