quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Entre muitos caminhos solitários


Abandonado e anormal
 Minha dor era real                                  
Entre muitos caminhos solitários
Apenas outro á meu lado
Colérico e raivoso ateu e descrente
Que se fazia muitas vezes terrível e medonho
E quanto a mim no que me diz respeito
Útil ou inútil infeliz e azarado
Tanto faz, pois estou deitado vivo em tumulo
Como uma alma perdida eu não posso
Sair do meu circulo de sal
Também não deixarei você entrar
Não deixarei que olhe em minha face
E me traga lembrança de uma vida passada
Você será para mim como o nada
Por mim até hoje ninguém rezou
Sinto falta de algo na vida sim
De meus cigarros e meus livros
Não se assuste por me ver por
Lembrar-te o morto vivo que
Um dia você me tornou
E antes que grite de pavor
Digo lhe não voltei para te
Assombrar meu amor
Voltei para confirmar
Que fundo você nunca
 Foi uma boa razão
Viver? Não por você
Talvez por meus vícios
Espero que um dia
Caiam todos propícios
E me encontrem aqui um
Vivo entre os mortos
Apesar de tudo acho-me
Com sorte
Por amar a própria morte.